quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Despedida

Dani, minha unica real amiga nesta cidade se vai no final de setembro. Sim, estou triste, mas estou sentindo algo mais intenso e dificil de explicar. Sinto que nunca aproveitei Londres na sua plenitude, nao apenas de baladas e afins, mas de estilo de vida, coisas para ver, ouvir e sentir, pessoas para conhecer e ate perrengues para passar - daqueles que viram historias boas para contar no futuro. A Dani, de certa forma, sempre foi sinonimo de alguem com estes mesmos anseios da alma, com uma mesma frustracao do nao vivido aqui. Em suma, uma alma perdida como eu e que por estar por perto me fazia sentir mais sã, mais eu mesma. Conversar com ela, sabendo ela no fim da mesma linha de metro sempre teve um significado diferente de conversar com alguem no Brasil. E ela se vai e eu estou me sentindo como cego em tiroteio. Mas ela se vai com seus proprios anseios - que agora mudam de figura - e eu tento, muito provavelmente em vao, nao ser egoista e chorar no ombro dela a falta que ela vai me fazer.

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